quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O quase Match

E eu tive o Match dia 02/03 e tive que me desfazer dele dia 03/03, morrendo de chorar na frente do computador, mandando um e-mail para a família, dizendo que não podia mais.

Conheci a família dia 26/02, terça-feira. Eles entraram no meu perfil, e eu levei logo um susto: 4 kids, sendo duas special need. Já pensei logo: ô sorte!
Ai deixei eles lá, dei só uma breve olhada no perfil, vi que escreveram muuuuito. E fechei o perfil.
Quando cheguei em casa, a noite, a mãe tinha me mando um e-mail se apresentando, mandando skype dela, para a gente marcar uma ligação. Respondi dizendo os meus horários, e que iria adicioná-la. E minha irmã mais velha do lado: não custa falar com eles.
Adicionei a mãe no skype, e 10 minutos depois ela vem falar comigo, e pergunta: podemos fazer uma chamada agora?!
Reação da au pair: ARRUMA TUDO ATRÁS DE MIM, MEU CABELO TÁ BOM?
Eu tinha acabado de chegar de um dia cansativo de trabalho, cansada, descabelada. Mas para meu alívio, ou a situação da HM era pior, ela só fez chamada sem vídeo. #ufa A chamada foi bem legal, eu disse a ela que não tinha lido grandes detalhes, e ela disse que o marido era muito detalhista, e que foi ele que escreveu o perfil deles. Ela me falou das crianças, e disse logo que já tinha tido várias au pairs, e que é amiga delas até hoje. Já pensei: ok, então os problemas que tiveram foram os normais de toda convivência. Me falou da special need das crianças, e disse que mandaria o contato das ex au pairs. Meu pensamento: que rápida.
Ela disse também que gostaria que eu falasse com o marido dela também, e combinamos que iríamos desligar, e caso o marido dela chegasse em casa antes de eu dormir, eu conversava com ele. [Fuso de 5h atrapalha bastante, principalmente se você trabalha o dia todo].
O skype com o host só aconteceu na quinta, dia 28/02. A host teve um problema de saúde e perdeu a voz na quinta, portanto eu só iria falar com o host. Então li todo o perfil, e preparei minhas perguntas.
Quando eu disse que o perfil era bem detalhado, é porque é mesmo, para vocês terem uma noção:
- Ele falou que tem um notebook na casa, que eu poderia usar caso ninguém estivesse usando. E que eu poderia até levar para o quarto, mas que não usasse ele direto no colchão para não super aquecer o danado.
Então eu não tinha muuuuito o que perguntar. Mas fiz minha listinha, e aproveitei e coloquei nessa lista coisas que meninas deixam para perguntar mais na frente, como carro, banheiro, cursos, curfew.
O skype começou, a mãe escondida da câmera, já que ela não iria falar, ficaria só de 'papagaio de pirata' do host. A primeira fala do pai, depois do 'how are you': Bom, eu não sei o que perguntar! Eu pensei que 'T' fosse lhe fazer todas as perguntas.
Na minha cabeça: au pair preparada vale por duas.
Disse a ele que não tinha problema, fiz um resumo do que conversei com ela, e disse que tinha algumas perguntas, e ele adorou [lógico, a au pair aqui se preparou mais do que ele]. Fiz todas as perguntas que eu queria. Quando ele não sabia responder, ele virava para ela, e fazia leitura labial, e me passava a resposta. Foi um skype bem divertido. Tirei todas as dúvidas.

Ex au pairs

A host me mandou o e-mail de 3 delas. Mandei e-mail para elas imediatamente, me apresentando, e perguntando se eu poderia fazer umas perguntas. Duas delas me responderam que sim.
Mandei minha listinha. E mesmo sendo de nacionalidades diferentes, elas falaram da família, principalmente das kids, com a mesma paixão. Tiraram várias dúvidas minhas. E no início do skype com o pai, eu disse:
- Falei com suas ex au pairs.
- Estamos com problemas?! - me perguntou ele bem humorado.
- Não, todas elas amam muito seus filhos, e adoram vocês.
- Aaaa nós sentimos muita falta delas.

Quando foi na sexta-feira, eu no skype no trabalho, normalmente, a mãe abre uma conversa, toda educada. Ai depois joga a bomba: conversamos ontem a noite, e adoramos você. Você gostaria de vir para a nossa casa?
Eu disse a ela que daria minha resposta final quando meus pais conhecessem eles [exigêncio dos meus pais], e eu queria conhecer as crianças, até mesmo para eles me conhecerem também. E marcamos uma conferência para o sábado.

Foi tudo lindo, as kids super simpáticas, ia pegar brinquedos que gostavam para me mostrar, os pais também rindo muito. Minha mãe fazendo perguntas. Ai a host perguntou: você vem mesmo para cá?! E eu: sim, vou sim.
Até que minha mãe perguntou quando seria o embarque, ai a host: 8/4. Minha mãe não gostou muito, queria algo para o final de abril, e a host disse que não dava. Eu tranquilizei a host dizendo que ia conversar com minha mãe sobre o embarque, e que mandaria um e-mail para eles no dia seguinte, mas que eu fecharia com eles sim.
Só que no domingo o e-mail que eu mandei foi debaixo de lágrimas. Eu não poderia embarcar no início de abril, por problemas de saúde na família, e eu teria que ficar PELO MENOS até o fim de abril. A host mom respondeu que infelizmente não poderia esperar, pois ficaria sem ninguém para cuidar das kids no dia 18/3. Me desejou sorte, me elgiou e acabou. =/

Foi assim um dos finais de semana mais 'loucos' da minha vida. Com muito choro, muita alegria. E um match cancelado.

Mas ainda não tinha acabado. Na segunda, me ligam de Boston: Marina, você tem certeza que não quer ir com eles?
Foi bom porque eu treinei como seria o meu inglês em situações de pressão, pois responder que não daria, segurando as lágrimas, morrendo de tristeza, em português já seria difícil, imagina em inglês. Mas passei.
E depois desse 'match', decidi mudar meu embarque de abril para junho, e assim não passar mais por isso, já que o problema de saúde na família já teria se resolvido, ou então teria tempo para montar um esquema caso não se resolvesse.

A espera


A Espera
Esperar foi algo terrível e constante, para mim. Foram 20 dias sem nenhuma família entrar no meu perfil, nada, nem favoritando, e eu ficando com ‘inveja’ das meninas que são favoritadas e não recebem nenhum contato.
Eu sempre achei que eu seria uma au pair tranqüila, pois ainda trabalhava enquanto estava online, fazia curso, minha vida estava completamente normal, nada foi parado quando fiquei online, como algumas meninas.
Ledo engano. Eu ficava o dia todo na internet, com acesso livre a todos os sites. Então pirei no e-mail e nos grupos do Facebook. Dormia com o notebook na cama, vendo coisas do programa, acordava e a primeira coisa que fazia era abrir o e-mail.

#3 Ficar online - CC

Tudo nesse programa é um processo.

Se você tem gastrite, tome logo seu remédio, e embarque nessa.

Bom, ficar online na CC não é tããããão angustiante como ficar online em outras agências. Na CC existe o que eles chamam de aceite imediato, a agente da sua cidade tem o poder de dar o aceite no seu app, e pronto, é só esperar a senha! \o/